Para Além do Parque – Os construtores também ajudam e o início do trabalho nas exsurgências.

A sombra é, maior que a luz sempre que rejeitares o que te seduz.

6ª Saída.

15/16 Março 2014                                             Freguesia de N.S.Fátima, Ourém.

Freguesia N.S. das Necessidades, Ourém.

Freguesia de Chancelaria, Torres Novas.

Desobstrução e exploração do algar da Freira.

Exploração e retificação de pontos topográficos no algar da Cerejeira.

Verificação de outros pontos relevantes.

Início da desobstrução na Pena d´água.

Elementos presentes: Hélio Frade, André Reis, Adriano, Ilda Ribeiro, Miguel Ribeiro e José Ribeiro.

Dia 15

Encontrámo-nos as 10h perto da rotunda N, em Fátima e rapidamente seguimos para o local planeado. Diferente do normal pois o algar situa-se dentro de uma obra em curso.

Equipados a rigor começamos o trabalho no algar da freira, abrindo a caixa no coletor das águas pluviais e iniciando a desobstrução.

Aspecto do Acesso a entrada do Algar.

Aspecto do Acesso a entrada do Algar.

O algar encontra-se numa dolina de absorção, estando essa completamente “humanizada”. O algar foi aberto com uma retro-escavadora, retirando toneladas de argila e pedra até se ter acesso à abertura, usada agora como colector de águas pluviais, de um novo lar para idosos. Foi encontrado por acaso e segundo os operários “bebe milhares de litros de água”.

Estávamos entusiasmadíssimos e após dois pequenos tintins já era possível o Pikatchu fazer as honras da casa e enfiar-se nas entranhas da terra. As notícias não podiam ser melhores: ISTO CONTINUA!!!

Bom, saímos e fomos recompor as energias ali na mesa da obra onde faltou as empadinhas do Frade, mas a degustação de vários tipos de queijo também não ficou aquém das espectativas! Planeamos o que fazer de tarde e assim foi.

Alargamos um pouco mais a entrada, descendo de seguida 2 elementos, equipando o algar para prosseguir a exploração. Verificamos que o algar se desenvolve numa fratura no sentido 190 Sul.

Nunca alarga mais de 1,5m, sendo a largura máxima no seu início. A -25m é um pouco mais apertado não chegando a 1m. No início recebe fendas de outras pequenas diáclases. As paredes são limpas de qualquer tipo de formas de reconstrução, fruto da passagem das águas. Seguimos descendo até a base onde o chão é de argila misturada com um areão e pedra. Aí, no sentido N, existe passagem horizontal onde se sente passagem de ar, deslumbrando vários metros de fratura, mas humanamente impossível de passar e sendo uma desobstrução hercúlea e demasiadamente demorada.

Aspecto da continuação do Algar a -25m. A passagem horizontal.

Aspecto da continuação do Algar a -25m. A passagem horizontal.

Podendo o ar que circula ser proveniente de ligações da própria fratura à superfície, existem à superfície pequenas dolinas que passam no sentido da fratura. Enfim em 100 aparece 1, há que continuar a tentar, siga……

Seguimos até ao bairro ao nosso conhecido algar da Cerejeira, fomos verificar um ponto de possível continuação há muito identificado. Apesar de se sentir um pouco de ar fresco, por ali só a formiguinha, hihihihi. Bom aproveitamos para melhorar a topografia e eliminar o ponto de interrogação. O algar no seu cone de dejecção continua cheio de lixo, mas pelo menos não aumentou de quantidade. Desequipamos e seguimos até ao Solero, onde já desesperavam com a nossa demora a Ilda e o Miguel. Para os compensar, seguimos até terras de São Mamede, onde fomos até ao buraco roto, zona há muito intervencionada pelo Pikatchu e André e após belo passeio e em amena cavaqueira decidimos futura intervenção! Após a apanha de louro e a bela tangerina seguimos para o repasto na Taverna em Ourém, uiii

Dia 16

Compramos o pão quentinho e seguimos para a freguesia de Chancelaria. Dirigimo-nos à Pena d´água, local marcado na saída de 19 Janeiro para futura intervenção.

Pena d´água situa-se na base da escarpa de falha que separa o Maciço Calcário Estremenho da Bacia terciária do Tejo. Este ponto de escarpa, conhecida como Arrife da serra de Aire é designado por Pena d’água por existirem exsurgências. Trabalho já apresentado  no NALGA,  “Abrigo da Pena de Água”

Começamos então a nossa intervenção com o objetivo de pôr a descoberto num canto da escarpa a exsurgência que mais água debita. O trabalho foi árduo mas todos trabalhamos com afinco e aos poucos ficava a nu a parte da escarpa por onde nascia a água. Após um rebentamento de um bom petardo, já tínhamos um deslumbre do trabalho que nos espera.

O decorrer dos trabalhos.

O decorrer dos trabalhos.

No final do dia antes de seguirmos para nossas casas, decidimos como coordenadores deste projeto “Para Além do Parque”, que havendo possibilidade as próximas saídas serão direcionadas para as exsurgências Pena d´água.

Abraço e o sonho comanda a vida!!!

Amigos aqui vai a topografia da cerejeira e olhem um dia com a ajuda de alguns amigos ainda o vamos limpar!!!!!

Picatchu, André, chouriço.

Planta A. da Cerejeira.

Planta A. da Cerejeira.

Perfil desdobrado A. Cerejeira

Perfil desdobrado A. Cerejeira.

Projetado para A4, Planta do Algar da Cerejeira:

cerejeira20130106P

Projetado para A4, Perfil desdobrado do Algar da Cerejeira:

cerejeira20130106S

Siga………………………………

 

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