Algar dos Carvalhos

 

Nova exploração revela uma das grutas mais profundas de Portugal

 

Entrada do Algar dos Carvalhos

Fig. 1 – Entrada do Algar dos Carvalhos (Fotografia de Sérgio Barbosa).

O velho sonho dos espeleólogos portugueses que, ao longo de décadas, têm investido muito da sua actividade em busca de cavidades profundas (mais de 120m), só nos últimos anos tem sido ocasionalmente recompensado. Um novo ânimo insuflou esta pequena comunidade que voltou a calcorrear as Serras em busca de “Abismos”. Recuperam-se memórias de antigas explorações, guardadas em arquivo, e faz-se agora uma nova abordagem.

Localizado na Serra de S. Bento, numa das colinas que recortam o topo da Costa da Mendiga, o Algar dos Carvalhos é uma cavidade conhecida pelos espeleólogos desde há décadas. Com um largo poço de 24m, a gruta terminava numa rampa obstruída a ‑30m; no fundo, uma corrente de ar denunciava os espaços abaixo. Não obstante, a cavidade permaneceu no esquecimento até que, em Março de 2011, uma equipa de espeleólogos do CEAE decidiu tentar a desobstrução. Foi assim revelada uma grande gruta que, de momento, atinge os 208m de profundidade. Em Portugal, apenas uma mão cheia de cavidades ultrapassa os 200m de profundidade.

 

Um pouco de história

 

Esta cavidade, já referenciada desde os anos 80 (séc. XX), nunca mereceu um interesse particular por parte dos grupos de espeleologia pelas dificuldades (e fraca probabilidade) de desobstrução do seu ponto mais profundo, a ‑30m. Uma das expedições francesas do fim da década, pela Association Sportive de la Banque de France – Section Spéléo (Agosto de 1988), referencia-a como promissora pela detecção de forte corrente de ar no fundo. É seguidamente visitada mas a falta de meios e técnicas de desobstrução apropriadas acaba por adiar os trabalhos e votá-la ao esquecimento.

Em Março de 2011, uma equipa de campo desloca-se ao Algar dos Carvalhos durante uma sessão de verificação de coordenadas e reavaliação de antigos dados de cadastro respeitantes a várias grutas dos cabeços do Monteirinho, Fontainhas e Carrasqueira.
Confirmada a potencialidade da cavidade partiu-se de seguida para a desobstrução e em dois fins-de-semana, com mais uma desobstrução a ‑114 atinge-se os ‑127 metros com poço aberto para continuar. Uma medição laser para o fundo dá, pelo menos, mais 24 metros.
Perto do fim do mês de Março, verificou-se que um casal de Gralha-de-bico-vermelho estava a fazer o ninho dentro da boca do algar.


Eram pequenos bandos de gralhas espalhados por quase todo o Maciço, em 1970. Depois foram ficando só alguns mais localizados. Hoje já são bastante mais raras. Para além de todas as ameaças a que estão sujeitas, uma das potencialmente gravosas é a acção dos próprios visitantes das grutas e algares. O sucesso da espécie será amanhã, em grande parte, o resultado do cuidado de todos os espeleólogos na sua protecção.
As Gralhas-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax) são uma espécie residente todo o ano nas zonas onde ocorrem e bastante fiéis aos locais onde criam. Os casais são duradouros e formam-se antes de atingirem a maturidade sexual.
As grutas e os algares possuem um microclima favorável à sua reprodução pois funcionam como incubadora natural onde a temperatura e a humidade relativa se poderão considerar constantes e próximo de valores favoráveis. A incubação dura 18 dias e o abandono do ninho pelas crias ocorre cerca de 38 dias após o nascimento.

No respeitante ao seu estatuto de conservação, a Gralha-de-bico-vermelho encontra-se em perigo, segundo o Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (Janeiro de 2006). No Algar dos Carvalhos, de modo a não perturbar este período tão sensível da vida destas aves, fez-se uma observação muito discreta, distante e faseada. Desta forma, foi possível confirmar o sucesso da nidificação, bem como determinar a altura em que as explorações poderiam ser retomadas sem prejudicar o normal crescimento das crias.

Para referência dos espeleólogos que desejem visitar o Algar dos Carvalhos (ou qualquer outra gruta utilizada para nidificação pela Gralha-de-bico-vermelho), fica o alerta que devem abster-se de o fazer entre os meados de Março e o início de Junho.

Várias semanas de intervalo, suspensão imediata das explorações, permitiram a compilação de materiais de enquadramento geológico e das perspectivas e possibilidades de desenvolvimentos em função da circulação hídrica.
As explorações de Junho e Julho permitiram alcançar os ‑208 m, após três desobstruções abaixo dos ‑190 m, e acalentar hipóteses de continuação, com dois pontos distintos a desobstruir, um deles com presença de corrente de ar.

As equipas de trabalho no Algar dos Carvalhos envolveram, até ao momento, 17 espeleólogos. Lista de espeleólogos (do CEAE, salvo indicação em contrário), ordenada por horas de exploração: Pedro Pinto, Hélio Frade, André Reis, Sérgio Barbosa, Timóteo Mendes, Sofia Abrantes, José Ribeiro, Ricardo Oliveira, Tiago Borralho, Filipe Neves, João Joanaz de Melo, Rui Francisco, Beatriz Barros, João Pinho, Rebeca Martins, José Silva (ARCM), Renato Serôdio. Raul Pedro coordenou os trabalhos de gabinete, incluindo pesquisa e compilação de informação. Todos os participantes nas explorações são espeleólogos credenciados com o Nível 2 da Federação Portuguesa de Espeleologia ou superior, e estavam cobertos por seguro de acidentes pessoais.

Fig. 2 – Esboço topográfico parcial incompleto do Algar dos Carvalhos, em perfil desdobrado (clicar na imagem para ver em tamanho grande). Uma topografia actualizada pode ser consultada aqui.

 

Enquadramento

 

O Maciço Calcário Estremenho – MCE (na sua maior parte integrado no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros – PNSAC) é a principal zona cársica portuguesa. Limitada a Oeste pela Serra dos Candeeiros e a Este pelo Planalto de S. Mamede e Serra de Aire, está a unidade geomorfológica central do MCE: o Planalto de Santo António. O bordo Noroeste deste planalto, entre as localidades de Serro Ventoso, S. Bento e Mendiga, é conhecido localmente como Serra de S. Bento.

O Maciço Calcário Estremenho e os seus confins

Fig. 3 – ’O Maciço Calcário Estremenho e os seus confins’, segundo Fernandes Martins (1949). Sobre a carta, estão destacadas as principais unidades geomorfológicas em que este se divide (crédito: Paulo Rodrigues). A cor vermelha, a Serra de S. Bento.

A zona da Serra de S. Bento da qual fazem parte os cabeços dos Alecrineiros, Carrasqueira, Fontainhas e Monteirinho é um bloco rígido que aparece regularmente basculado para SW, nestes locais entre 10 e 15 graus.
Os pontos mais elevados, Alecrineiros (541m) e Mendiga (542m), afastados quase 3 km em linha recta, apresentam entre si um suave ondulado, sendo o ponto menos elevado (483m) localizado no Vale dos Carvalhos.

A zona a NW destes cabeços (Depressão da Mendiga com orientação NNE-SSW) encontra-se vigorosamente deprimida, menos 180m em relação ao topo da encosta W da Serra de S. Bento.
A extensão das zonas mais aplanadas dos topos dos cabeços e a proliferação de pequenas zonas depressionadas nos espaços envolventes permitem uma extensa área de infiltração pluvial (Ex.: sumidouros das Fontainhas). A precipitação média anual, nesta região oscila entre os 1000 e 1500 mm.
O Vale dos Carvalhos, vale seco e suspenso, paralelo à falha com o seu nome, é bastante estreito (dezenas de metros) e a diferença de cota para as Fontainhas é de apenas 20 metros. Todo o fundo aplanado do vale está coberto de terra rossa.

Carta geológica 27-A

Fig. 4 – Excerto da carta geológica da zona referida (Folha 27-A, Vila Nova de Ourém). A cor amarela, as cavidades mencionadas neste artigo; a verde, a localização do corte geológico da fig. 5.

Nos cabeços e encostas pouco inclinadas, a infiltração rápida é facilitada por uma grande quantidade de fracturas e diáclases que intersectam a própria rocha aflorante. Em alguns locais encontra-se um lapiás típico desse tipo de infiltração, chamado lapiás de diáclases.
A infiltração e a drenagem em profundidade estarão, certamente, associadas às quatro falhas transcorrentes, de orientação NW-SE (de Norte para Sul: Falha do Vale da Fonte da Pipa, Falha do Vale do Casal Botão, Falha do Vale dos Carvalhos e Falha de Cabeça das Pombas), sensivelmente paralelas e que na parte NW se prolongam até à falha Este do vale tifónico da Mendiga (Falha da Costa da Mendiga, com orientação aproximadamente N-S).
Dada a proximidade de alguns algares, muito profundos (mais de 180 m) localizados na própria Costa da Mendiga ou no seu rebordo superior (Manga Larga, Carvalhos, Alecrineiros Sul e Palopes) cuja altitude relativa, no seu fundo, está abaixo da altitude da Depressão da Mendiga, e não existindo ainda circulação hídrica indicadora do sentido da drenagem (no Algar dos Carvalhos é semi-activa e ainda muito verticalizada) não é possível identificar o seu sentido possível.

Referindo-se ao sistema aquífero do Maciço Calcário Estremenho no Planalto de Stº António, os autores da Notícia Explicativa da Carta Geológica 1/50 000, nº 27-A (Pág. 121) Lisboa 2000, indicam: “Na região Sudoeste, as falhas NW-SE mostram-se frequentemente injectadas por filões de rochas básicas, devendo funcionar como barreiras hidráulicas totais ou parciais, que tenderão a impedir o escoamento para Sul e a desviá-lo no sentido da nascente dos Olhos de Água.”; e no parágrafo seguinte: “Uma pequena área a noroeste do planalto, incluindo a depressão cársica de Chão das Pias, é drenada pelas nascentes do Lena, das quais apenas uma, Olho de Água da Ribeira de Cima, tem carácter permanente, sendo as restantes (nascente do Cabeço da Pedra e Nascente da Tapada de Freira, entre outras) temporárias. Esta ligação ficou provada através de traçagens, tendo como ponto de injecção o Algar da Arroteia, situado no bordo da referida depressão.”

De notar que a boca do Algar da Arroteia dista cerca de 1 000 m da costa da Mendiga. Neste algar circula um pequeno rio subterrâneo que possibilitou a realização de traçagens e esclarecer o sentido do fluxo.
Na tabela 1 é possível observar a distância (aproximada) das bocas dos algares atrás referidos em relação às principais falhas que ocorrem nesta pequena área de pouco mais de 4 km2 (para cada algar é destacada a falha mais próxima).

ALGARES

FALHA DO VALE DOS CARVALHOS FALHA DO VALE DO CASAL BOTÃO FALHA DO VALE DA FONTE DA PIPA FALHA DA COSTA DA MENDIGA
Manga Larga

720

450

280

190 (X)

Carvalhos

30 (X)

180

1 000

540

Palopes

650

390

300 (X)

650

Alecrineiros Sul

1 200

810

70 (X)

1 950

Tabela 1 – Distâncias em metros às falhas circundantes. (X) – distância à falha mais próxima

A falha da Costa da Mendiga, tal como acontece com a drenagem do Algar da Arroteia, poderá desempenhar um papel dominante na drenagem para maiores profundidades visto ser transversal às quatro falhas referidas anteriormente. A falha do Vale dos Carvalhos é a única a prolongar-se para o bloco abatido entre a Serra dos Candeeiros e a Serra de S. Bento (Depressão da Mendiga) relançando as possibilidades de carsificação em profundidade pelo contacto com as camadas de Cabaços e de Montejunto (Oxfordiano) e os calcários micríticos da Serra de Aire (Batoniano).

Corte geológico da zona do Algar dos Carvalhos

LEGENDA:
A – Bifurcação estradas na Marinha da Mendiga;
B – Marco geodésico dos Alecrineiros;
a – Aluviões;
J3CM – Calcários, margas e conglomerados de Cabaços e de Montejunto (Oxfordiano);
J2SA – Calcários micríticos de Serra de Aire (Batoniano);
J2Co – Calcários bioclásticos de Codaçal (Batoniano);
J2CP – Calcários de Chão das Pias (Bajociano);
J2Za – Margas e calcários margosos de Zambujal (Aaleniano a Bajociano inf.);
J1-2Fo – Calcários margosos e margas da Fórnea (Sinemuriano sup. a Aaleniano inf.).

Fig. 5 – Corte geológico da Serra de S. Bento, entre a Marinha da Mendiga e o vértice geodésico dos Alecrineiros (implantação sobre a carta geológica na fig. 4, representada a cor verde).

 

Endocarso na área

 

O endocarso na depressão da Mendiga pode indiciar um rebaixamento significativo da circulação em profundidade. O Algar Talhinhos, em Lagar Novo, abre-se a uma cota de 310 metros e desce cerca de 26 metros. Pode ter sido um antigo sumidouro. O mesmo se pode inferir do Algar S. Silvestre (perto da capela desse santo) em Casais do Chão da Mendiga (cota 308 m).
Outros algares conhecidos nesta depressão terão um papel mais duvidoso na hidrologia cársica já que se abrem a cotas mais elevadas: Algar Susana em Casais do Chão da Mendiga (cota 315 m) desce a 30 metros de profundidade e Algar do Viso em Serro Ventoso (cota 368 m). O Algar Fernando em Casais do Chão da Mendiga (cota 380 m) que desce a 43 metros e que está a mais de 1 km a Oeste da Costa da Mendiga parece estar arredado da zona de circulação profunda que nos interessa.

Um indicador de referência para a drenagem profunda na falha ou perto da falha da Costa da Mendiga é o Algar da Manga Larga, localizado na própria costa e que se abre a 475 metros de altitude. Na base da encosta (lugar da Sobreira, Lagar Novo) o Vale do Chão da Mendiga, um sulco sinclinal, está a 310 m de altitude. Como na Manga Larga se atinge a profundidade de 186 metros estaremos então a uma altitude relativa de 289 metros (próximo da altitude relativa do fundo do Algar Talhinhos, 284 m).
Na Tabela 2 é possível comparar as cotas no fundo dos algares referidos e identificar um nível médio onde ainda não se observa circulação de água horizontal.

  Manga
Larga
(b)
Talhinhos

(a)
Susana

(a)
Alecrineiros
Sul
(c)
Carvalhos

(b)
Palopes

(b)
Cota entrada

475

310

315

510

500

510

Profundidade

-186

-26

-30

-220

-208 (d)

-250 (d)

Cota fundo

289

284

285

290

292

260

Tabela 2 – Comparação entre cotas de (a) dois algares na depressão da Mendiga, (b) três algares próximos do topo da escarpa e (c) um a pequena distância desta (2km). As profundidades dos Algares dos Carvalhos e Palopes ainda são provisórias (d).

Constata-se assim que, para uma área geográfica com pequena dimensão a Este e a Oeste da falha da Costa da Mendiga, os níveis piezométricos não alcançam a cota dos 285 metros. Esta cota poderá ser ainda mais baixa, como é indiciado pelo Algar Palopes, que não foi considerado por ser ainda um caso único.
Só são referidas para o endocarso da serra de S. Bento as cavidades cuja altitude relativa no fundo é inferior a 300 metros.

 

Abordagem à morfologia subterrânea do Algar dos Carvalhos

 

As condições de zona vadosa, dominantes ao longo da sucessão de poços indiciam, a partir dos 70 metros de profundidade, já alguma confluência dos escoamentos verticais. A existência dessas confluências é extremamente importante para se ultrapassar o “horizonte superficial” (até aos 120m de profundidade) identificado em grande número de cavidades abertas em locais mais afastados da Costa da Mendiga (até alguns km a Este). A maioria dessas cavidades acaba por apresentar acentuado estreitamento de dimensões, em profundidade, devido à diminuição da agressividade da água por esgotamento da sua acidez (ao alcançar a saturação em hidrogenocarbonato de cálcio).

Por outro lado, uma orientação das infiltrações, em profundidade, para SW, ao longo do fundo do Vale dos Carvalhos (estratos de direcção paralela à falha com o seu nome e que mergulham para ela num ângulo de 10 graus) e condução através das juntas de estratificação possibilitarão o aparecimento de locais de confluências, mais ou menos rápida, em virtude das descontinuidades existentes. Nesta zona poderão existir aquíferos epicársicos (águas cársicas suspensas) temporários ou mesmo reservatórios (ainda não identificados). Nas águas que encontram passagem para baixo, essa mistura, de águas com teores de acidez diferentes possibilita, para além de um aumento acentuado da sua agressividade química um aumento da acção erosiva dada a energia cinética adquirida pelo transporte de partículas.
Até aos 170 metros não foram identificados indícios de transição da circulação vertical para sub-vertical ou horizontal (pelas formas do desenvolvimento espeleométrico).

Fóssil de ouriço-do-mar

Fig. 6 – Fóssil de equinóide (ouriço-do-mar), provavelmente do género Acrosalenia, incrustado na rocha a ‑170m (Fotografia de Pedro Pinto).

Abaixo dos 170 metros e com possível origem num meandro lateral verifica-se uma nítida confluência de drenagens numa pequena sala a ‑183m.
Desse ponto para baixo, a gruta prolonga-se por uma apertada sucessão de ressaltos até aos ‑208 metros. À acção corrosiva das águas junta-se uma importante acção erosiva que se vislumbra continuar em profundidade. Não há indicadores do volume de água que é drenada por esta passagem. Neste período de exploração (Primavera/Verão) há gotejar quase contínuo e escorrências parietais.

 

Conclusão

 

Novamente uma desobstrução complicada com a agravante de que agora passa a haver mais de 200 metros verticais, alguns horizontais e passagens estreitas, por onde é preciso transportar o material necessário.
Esta é a ponta profunda de trabalho no Algar dos Carvalhos, mas para trás ficaram ainda poços e meandros por explorar e topografar. Em alguns pontos nota-se corrente de ar, noutros parece ouvir-se água a correr, mas tudo precisa de ser verificado com as inevitáveis desobstruções locais.
Não obstante, e apesar de ser uma cavidade bastante técnica (requer boa experiência em progressões verticais), é um algar com um desenvolvimento espeleométrico muito equilibrado até aos ‑180m e medianamente exigente, do ponto de vista atlético, até esta profundidade.

O sentido da exploração será o caminho da água e do ar enquanto for possível. Esperemos que este intenso trabalho nos permita entrever ou esclarecer algumas das muitas dúvidas que se nos colocam sobre o carso profundo da Serra de S. Bento.
Mas as potencialidades do Algar dos Carvalhos já reveladas, noutras áreas menos atléticas ou especulativas, são notáveis nomeadamente na sua espeleogénese. É também notável a quantidade e diversidade de fósseis observáveis em diversas zonas abaixo dos ‑150m.
Para lá do trabalho físico e duro da exploração há também muita coisa a merecer estudo e investigação do ponto de vista geológico.

Fóssil de estrela-do-mar

Fig. 7 – Fóssil de equinoderme, muito provavelmente um asteróide (estrela-do-mar) de ordem não identificada, a ‑165m (Fotografia de André Reis).

 

 

 

 

 

 

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